Minha mãe teve 11 gestações, mas devido a problemas durante o parto, só nasceram 4 filhos e eu fui o último deles. Pensando em proteger-me e para que eu pudesse nascer, ela fez um ritual de “segurança” entregando-me a satanás. O tempo passou. Em dezembro de 1983 fui numa igreja evangélica pela primeira vez na minha vida – Igreja Assembleia de Deus. Naquela noite, o Senhor tocou no meu coração pela forma amorosa como fui tratado. Senti um desejo muito grande de me tornar cristão, mas isso não aconteceu naquele momento, pois meus pais me proibiram de ir à igreja.

Comecei a trabalhar aos 11 anos de idade. Meu pai entendia que os filhos tinham que trabalhar cedo, então arrumou-me emprego num bar. Passei por muitos problemas e sofrimentos ao conviver ali com homens bem mais velhos. Fui abusado sexualmente por esses homens; envolvi-me com bebidas alcoólicas, drogas, roubos, assaltos e prostituição. Por tudo isso, eu guardava muita raiva no meu coração contra os meus pais e por diversas vezes intentei matá-los.

No dia 13 de agosto de 1983 os Gideões foram na escola em que eu estudava e presenteou-me com um Novo Testamento.

No mês de março de 1990, eu saí de casa e ninguém sabia onde eu estava. Passei tempos longe, mas Deus estava trabalhando no meu coração. Certo dia, eu senti muita vontade de voltar. Pela primeira vez na vida eu senti desejo de estar com meus pais. Voltei no dia seguinte. Ao chegar na casa dos meus pais, estavam todos os meus irmãos reunidos ali. O meu único irmão que era cristão me abraçou e disse: “Ontem à noite nós oramos para que você voltasse para casa”. Prometi que iria à igreja agradecer pelas orações, mas só o fiz seis meses depois. E naquele dia, me rendi ao Senhor Jesus Cristo. Fui batizado em 1991 e até hoje sigo ao meu Senhor. Se não fosse os Gideões, talvez eu nem vivo estaria mais.

Vladimir Machado Goulart (Porto Alegre, RS)

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