Depois de alguns meses tentando regularizar os documentos do veículo que eu comprei, descobri que os papéis estavam adulterados, pois o dono havia falecido e, para o bem não entrar no inventário, falsificaram o recibo. Tentei várias vezes receber meu dinheiro de volta, mas não conseguia; sempre me davam desculpas cada vez piores. Contrariado com o vendedor do carro, peguei um revólver calibre 32 e fui à sua casa tentar resolver o assunto pela última vez; no meu íntimo eu já estava pensado em fazer o pior. Quando lá cheguei, havia cinco pessoas, o casal com três filhos. Deus já trabalhava no meu coração e não pude realizar o meu intento. Saí dali e fui para um hotel para dormir, pois havia brigado com a mulher com quem vivia e não queria voltar para casa. Ao chegar, o atendente mostrou-me alguns quartos e eu escolhi o número 13, porque mais azar do que eu estava não podia haver. Entrei no quarto, mas não conseguia dormir. No móvel ao lado da cama havia um livro de capa cinza. Peguei aquele livro e abri; de um lado havia o número 12 e do outro, o 13. Como eu estava no quarto 13 e 13 era conhecido como o número de azar, resolvi ler o capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios. Descobri que nada tinha sentido se não fosse o amor. Passei o dia seguinte inteiro querendo saber mais daquele livro, e quando saí do hotel levei-o junto na minha bagagem. Naquele mesmo dia, procurei um pastor em uma igreja evangélica. Ele conversou comigo, eu aprendi um pouco mais de Cristo e ele orou por mim. Daquele dia em diante passei a frequentar a Primeira Igreja Batista de Paraíso. Casei-me com a mulher com quem vivia e fui batizado. Como as misericórdias de Deus são infinitas, após quatro anos e meio meu processo em relação ao carro foi julgado a meu favor. Hoje também sou um Gideão, pela graça de Deus, e tenho o privilégio de auxiliar pessoas como eu a refletir que na vida precisamos do amor de Jesus.
Gunther Carlos Paz Sousa (Paraíso do Tocantins, TO)